sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

The March of the Black Queen

No dia 27 de Novembro, exatamente às 22 horas, eu começava a realizar um sonho.Lembro-me bem de ter por volta de 5, 6 anos e cantarolar uma música muito doida no banco de tras do carro, enquanto meu pai colocava uma fita (sempre a mesma) que tinha aquela música no dinossauro toca-fitas. Aquela música me fascinava, porque eu não entendia como aquilo era uma música. Um cara começa cantando todo triste, ai do nada entra um monte de gente gritando com ele e depois ele fica puto e grita com todo mundo, até se acalmar no final e ficar triste de novo. Era isso que entendia. E achava o máximo. Imitava todos os sons da música, de cor.

Aí, no dia 24 de Novembro de 1991, fiquei sabendo que o cara que cantava aquela música que eu adorava havia morrido. A primeira reação que tive foi chorar. Porque achei que nunca mais ia ouvir aquela música. Na minha cabeça quando o cara morria, ele parava de cantar. Simples. Com as explicações do meu pai, fiquei mais calmo. Se não me engano, na mesma semana a Globo passou um especial sobre ele, com clipes e tal. Pedi pro meu pai gravar. Fazia questão de assistir toda semana aquela fita. Além daquela música que adorava, me chamou a atenção um vídeo que todos aqueles homens se vestiam de mulher, inclusive o do bigodão. Achei demais.

Pouco a pouco, fui aprendendo tudo sobre aqueles caras. Fui crescendo, entendendo mais de música. Sempre que sobrava dinheiro, comprava um CD pra minha coleção deles, até ter todos há uns 7, 8 anos.
Quando finalmente pude ouvir todas as músicas foi que tive certeza: O Queen era a melhor banda do universo. Sim, do universo. Duvido muito que 4 marcianinhos aparecerão para mudar minha opinião. A complexidade das harmonias, letras com significado, o carisma explosivo de Freddie, os tons inconfundíveis de Brian, a força e precisão de Roger e a calma e poesia de John formam uma química incomparável, que resultam em um som único. Perfeito.Pra mim, ver aquele cabeludo com a Red Special na mão adentrar o palco não tem explicação. Foi um momento único. A minha reação primária foi chorar. Muito. E foram tantos outros momentos como esse, que me incapacitam de descrever com palavras o que foi esse show pra mim. Apesar de John não estar lá. Freddie estava. Ô se estava. Acompanhando de perto aquela enorme celebração ao mito que ele ajudou a criar. Que em grande parte foi feito dele. Que em grande parte me fez também.

No dia 28 de Novembro, exatamente às 00 horas e 25 minutos, eu havia realizado um sonho. E que sonho.


Veja um pouco do que eu vi
1 - Vídeo de Abertura e Hammer to Fall

2 - Fat Bottomed Girls

3 - I Want to Break Free

4 - Radio Ga ga (momento inesquecível)

vídeos e fotos de minha autoria

4 comentários:

Marcio Brigo disse...

Cara, um sonho é sempre um sonho.
Fico feliz que você meu amigo tenha realizado o seu sonho. E olha que de sonhos, nos aquarianos entendemos.
Que ótimo que vc criou um blog, tava no hora. E ficou muito bom.

Maria Renata disse...

Eu tb chorei! No fim a gente acaba vendo a trilha sonora da nossa história, não tem jeito. Foi um show fantástico, nunca imaginei que teria essa oportunidade... fiquei tão emocionada que quando eu contava pros meus pais (que tb foram os culpados por tudo isso), eu acabava chorando. Pode ser exagero, mas foi até agora o melhor show da minha vida.
Tô no aguardo da vinda de um certo Sir Paul McCartney agora!
beijos

Potiguar&Baiana disse...

Grande Ton! Parabéns pelo blog e pela iniciativa. Como andam as produções? Em pleno vapor? Espero que sim, pois a fábrica de sonhos não pode parar. Um grande abraço garoto e sucesso!

Bel Gasparotto disse...

Sim sim sim... muito bonito o jeito como descreveu o nascimento do seu sonho. Coisa mais linda que vi foi aquele show, apesar de não ser fanática doente por Queen. Chorei, ri, pulei, bati palmas. Emoção a 1000. Parabéns pra nós, que vimos o melhor show de 2008!

Bjs!